quinta-feira, 17 de maio de 2012

Jardineiro confessa duplo assassinato em Nova Parnamirim

Raiva e ciúmes. Esses são os sentimentos usados pelo jardineiro João Batista Caetano Alves, 28 anos, para explicar porque matou a aposentada Olga Cruz de Oliveira Lima, 61, e sua filha, a estudante Tatiana Cristina Cruz de Oliveira, 36, no último dia 7, na residência das vítimas em Nova Parnamirim. Ele foi detido juntamente com a esposa, a dona de casa Marlene Eugênia Gomes, 28 anos, e o enteado de 13 anos, pela equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) no bairro de Novo Amarante, na Grande Natal, ontem pela manhã. João Batista alega ter cometido sozinho os assassinatos e afirma ter pedido ajuda à companheira para roubar objetos da casa das vítimas. Segundo o delegado Correia Júnior, da Delegacia Especializada na Defesa da Criança e Adolescente (DCA), os depoimentos colhidos por meio da filha de Tatiana, de 10 anos de idade, que sobreviveu ao atentado foram a peça fundamental na identificação dos responsáveis. "As declarações da menina foram confirmadas quando encontramos um currículo de João Batista na residência das vítimas, e fomos até o local onde ele morava, em Felipe Camarão". O acusado confirmou ter torturado Tatiana para que ela passasse a senha de seus cartões, e que tentou matar a menina por asfixia utilizando um travesseiro, mas que depois desistiu, pois tinha uma filha de nove anos e não foi lá com a intenção de machucar a criança. O delegado Delmontier Falcão, titular da Deprov, afirma que chegou à prisão dos envolvidos na morte das duas mulheres ao investigar o roubo do Ford Fiesta vermelho pertencente às vítimas, encontrado em São Gonçalo do Amarante na quinta-feira passada. A prisão ocorreu na casa da nora de Marlene Eugênia, no Novo Amarante, onde a polícia encontrou parte do material roubado da casa da aposentada. "Achamos as roupas roubadas, dois televisores, um vídeo game, entre outras coisas. No entanto, não conseguimos achar o notebook e um dos televisores roubados", detalha o delegado. Já detido e tendo confessado o crime, João Batista levou os policiais ao canal pluvial que corta a comunidade Novo Horizonte, na zona Oeste de Natal, onde ele teria jogado a faca usada para matar a aposentada e a estudante. No entanto, a arma não foi encontrada. O trio foi então levado à sede da Deprov, em Lagoa Nova e, em seguida, para a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA), onde foram interrogados. O caso foi encaminhado para essa última especializada por causa da menina envolvida no crime, após a Delegacia de Homicídios ter sido dispensada do caso. João Batista e Marlene foram autuados em flagrante por porte ilegal de armas (um revólver calibre 38), receptação e formação de quadrilha. Eles serão indiciados pelos crimes de duplo homicídio, tortura, latrocínio e tentativa de homicídio. Já Danuzia de Freitas, nora de Marlene, vai responder junto com o adolescente pelo crime de receptação. Ela foi a responsável pelo saque do dinheiro das vítimas e pela destruição do cartão de crédito para ocultar a prova.

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