domingo, 5 de maio de 2013

Polícia Civil planeja novas operações na Grande Natal

A Polícia Civil planeja realizar em breve novas operações como a deflagrada na noite da sexta-feira, cujo objetivo foi diminuir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança na região metropolitana de Natal. A informação é do diretor-geral de Polícia Civil, Fábio Rogério, que não detalhou o cronograma previsto. Batizada de Operação Saturação, a ação culminou na prisão de quatro homens, um em Parnamirim, dois em São Gonçalo do Amarante e um em Macaíba, que era foragido da Justiça e reagiu à prisão com tiros. No segundo município, um adolescente também foi apreendido. 
Adriano AbreuDelegado Fábio Rogério diz que objetivo foi alcançadoDelegado Fábio Rogério diz que objetivo foi alcançado

Durante a operação, nenhum homicídio foi registrado nos municípios percorridos. Por outro lado, na capital, dois homens foram assassinados durante a madrugada. Uma das vítimas foi um homem morto a tiros, em Felipe Camarão, cuja identidade ainda não foi reconhecida pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP). O outro homicídio aconteceu por volta das 5h. Maxsuel Patrick da Silva, 21, foi vítima de várias facadas na rua Bocaiúva, no bairro Jardim Progresso, Zona Norte de Natal.
Júnior SantosOperação Saturação, deflagrada pela Polícia Civil na última sexta, culminou na prisão de quatro homens e apreensão de armasOperação Saturação, deflagrada pela Polícia Civil na última sexta, culminou na prisão de quatro homens e apreensão de armas

Entre os presos durante a operação está Francisco Eudes Vilela da Silva, 24, que possui passagem na delegacia de Canguaretama e um mandado de prisão em aberto por assalto à mão armada. Ele foi detido em São Gonçalo do Amarante. Aislan Silva dos Santos, que é acusado de  acompanhar Eudes nos assaltos, também foi preso. A delegacia de São Gonçalo do Amarante possuía uma série de relatos de assaltos praticados pela dupla a bordo de uma motocicleta de 50 cilindradas de cor preta nos bairros da região.

Reconhecimento

Ainda em São Gonçalo, um adolescente foi apreendido por porte ilegal de arma. Segundo o titular da delegacia de São Gonçalo, Heleno  Luiz da Silva, uma vítima que estava no momento da operação na delegacia relatando assalto sofrido reconheceu o homem.

Também foi preso um homem em Macaíba, fugitivo de Nova Cruz desde fevereiro, que reagiu com tiros ao ser abordado pela Polícia. Ele foi encaminhado ao Hospital Walfredo Gurgel, onde está internado está internado com uma fratura no fêmur. A arma calibre 38 foi apreendida. 

A quinta prisão foi um flagrante por tráfico de drogas, em Parnamirim. Um senhor de 63 foi surpreendido vendendo maconha em um trailer nas proximidades de onde era realizada a Festa da Padroeira de Parnamirim. Com ele, foram encontrados um tablete e cigarros de maconha, além de R$ 2.298.

A Operação Saturação teve a participação de 120 policiais civis em 30 viaturas. Segundo o delegado-geral Fábio Rogério, o balanço da operação foi positivo. “Conseguimos alcançar o objetivo, que era combater a criminalidade e proporcionar a sensação de segurança ao cidadão”, disse.

Prisão domiciliar deve ser última alternativa

A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Norte (Adepol-RN) divulgou ontem nota de esclarecimento informando que a Polícia Civil não deixará de cumprir seu papel na realização de prisões e reforçando os pedidos feitos à Justiça com relação aos problemas carcerários. A Adepol frisou que a permissão para que novos presos fiquem em prisão domiciliar deve ser utilizada como última alternativa. Na sexta-feira, a Justiça de um prazo de cinco dias para que o procurador-geral do Estado, Miguel Josino, e o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Júlio César de Queiroz, se pronunciem.

Um dos pedidos está relacionado a desobrigar os delegados da custódia de presos. A Adepol também requereu à Justiça que determine à Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape) a proibição da custódia de novos presos nas delegacias. A Associação pede que sejam indicadas unidades para onde os delegados deverão encaminhar os presos provisórios.

Além disso, a Adepol reivindicou que a Coape apresente em 30 dias um plano de transferência dos presos que estão nas delegacias para unidades prisionais e que designe agentes penitenciários ou servidores para substituir policiais civis envolvidos na tarefa de custódia dos presos. 

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